8.3.11

amazonas


AMAZONAS - Mulheres guerreiras          A mitologia grega fala das amazonas, mulheres que comprimiam ou queimavam o seio direito porque assim lhes ficava mais fácil usar os arcos e disparar flechas contra os inimigos, ou durante caçadas. Diz a lenda que elas mantinham contato passageiro com os homens que habitavam as regiões vizinhas àquelas que dominavam, enviando depois, aos respectivos pais, os filhos varões nascidos desse relacionamento. Algumas se tornaram célebres, como as rainhas Hipólita, ou Antíope, e Pentensiléia, que ajudou os troianos contra os gregos e foi morta por Aquiles.

          Sobre esta, o Livro de Ouro da Mitologia, de Thomas Bulfinch, registra: “Outra aliada foi Pentensiléia, rainha das Amazonas, que chegou à frente de um bando de guerreiras. Todas as autoridades afirmam sua bravura e o terrível efeito do seu grito de guerra. Pentensiléia matou muitos guerreiros gregos, mas afinal foi morta por Aquiles. Quando, porém, o herói se debruçou sobre o cadáver da inimiga caída e contemplou sua beleza e mocidade, lamentou amargamente a vitória”.
          Outras amazonas também ficaram famosas, como as da Ásia, comandadas pela rainha Tomitis, que venceram e mataram Ciro, príncipe persa, e as da África, que subjugaram os atlantes, povos que habitavam a Atlântida, mas depois foram exterminadas por Hércules. E durante o século 8, na Boêmia, mulheres guerreiras comandadas por Vastla, construíram fortalezas e durante oito anos semearam o terror naquela região. No século 16, Francisco Orellana (1490-1546), explorador espanhol, comandou uma expedição ao rio Napo, afluente do Amazonas, e ao chegar à confluência deste com o rio Maranhão decidiu continuar descendo seu curso. No decorrer dessa viagem os índios lhe falaram de uma tribo de mulheres guerreiras, ou amazonas, e ele afirmou tê-las encontrado perto da desembocadura do rio Trombetas, vindo daí a designação dada ao nosso grande rio.

          O registro desse encontro revela que elas “são muito alvas e altas, com o cabelo muito comprido, entrançado e enrolado na cabeça”... “São muito membrudas e andam nuas em pêlo, tapadas as suas vergonhas, com seus arcos e flechas nas mãos, fazendo tanta guerra como dez índios”... “Quando lhes vinha o desejo, faziam guerra a um chefe vizinho, trazendo prisioneiros que libertavam depois de algum tempo de coabitação. As crianças masculinas eram mortas e enviadas aos pais, e as meninas criadas nas coisas de guerra”... “Vestem finíssima lá de ovelhas do Peru e usam mantas apertadas, dos peitos para baixo, mantendo o busto descoberto”... “Trazem os cabelos soltos até o chão, e na cabeça coroas de ouro da largura de dois dedos”.
     Reportando-se a essa passagem histórica, o folclorista, jornalista, escritor e professor Walcyr Monteiro, paraense nascido em 1940, esclarece que foi Francisco de Orellana, realmente, quem, em 1541, contou pela primeira vez que ao chegar ao Mar Dulce, nome pelo qual era conhecido o atual rio Amazonas, ele e seus tripulantes teriam sido atacados por uma tribo de mulheres descritas pelo Frei Gaspar de Carvajal da forma já mencionada. Segundo Walcyr, aquela batalha na foz do rio Nhamundá (atual limite entre o Pará e o Amazonas), foi terrível, pois se de um lado os espanhóis mostravam-se surpresos com a quantidade de guerreiras, coisa que jamais esperavam encontrar, de outro as mulheres combatiam ferozmente, comandando uma legião de índios. Vencidos, os espanhóis foram obrigados a fugir, mas conseguiram capturar um índio que lhes deu diversas informações sobre a tribo de mulheres.

     Disse ele que havia cerca de setenta tribos semelhantes na região; que elas vi-viam sem a presença de homens e que dominavam as tribos vizinhas. O índio contou que no tempo de procriar as guerreiras traziam índios à força, das tribos dominadas, e estes, depois de engravidá-las, eram mandados embora. De pronto, os espanhóis as identificaram como sendo as amazonas e passaram a chamar o então mar Dulce de "rio de Las Amazonas". Outro detalhe interessante é que os índios, por desconhecerem da lenda das amazonas da Capadócia, chamavam as mulheres das tais tribos de Icamiabas, ou "mulheres sem marido", e diziam que elas presenteavam os homens após a cópula com pequenos artefatos semelhantes a sapos entalhados em algum mineral esverdeado. O presente, chamado muiraquitã, era dado durante um ritual dedicado à Lua, sendo pendurados no pescoço dos visitantes e usados por eles até os próximos encontros sexuais.

     A tribo das mulheres sem marido nunca foi encontrada, mas o mesmo não se pode dizer a respeito dos muiraquitãs, porque os pequenos adornos têm sido encontrados com freqüência na região do Baixo Amazonas, justamente onde Francisco de Orellana diz ter travado uma batalha com as lendárias mulheres. É costume dizer-se na região que quem encontra uma pedra de muiraquitã terá sorte no amor e força contra as doenças. Até hoje, muitos artesãos confeccionam peças similares para vendê-las em feiras de artesanatos da região, mas as verdadeiras estão em guardadas em museus ou fazem parte de coleções particulares.
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Tudo sobre Amazonas

Descrição: As Amazonas são mulheres guerreiras em um mundo dominado pelos homens. Sua civilização poderia ter sido criada por uma divindade que gosta de mulheres guerreiras; ou pode ser pode ser que elas fossem mulheres que se rebelaram contra a dominação masculina e decidiram governar a si próprias; ou poderia simplesmente ter sido sociedades matriarcais desde muito antes da história escrita.

Qualquer que seja sua origem, agora elas vivem em civilizações onde mulheres ocupam as posições e papéis tradicionalmente mantidos por homens - e, na campanha, isso significa especialmente o papel de homens de armas e aventureiros.
Uma cultura pode ser pequena (uma única cidade ou ilha) ou grande (um país ou um continente inteiro), muito avançada ou muito primitiva. Algumas culturas Amazonas mantêm homens como servos e escravos, uma rigorosa inversão da situação anterior; outras não possuem homens em suas comunidades, e têm longos feriados, para visitarem as tribos de homens vizinhas; outras, perpetuam sua classe sendo muito hospitaleiras com aventureiros que estejam passando por seu território. (Neste último exemplo, algumas culturas Amazonas, podem decidir posteriormente matar os aventureiros, outras não).

Para maiores detalhes sobre o funcionamento exato das comunidades Amazonas no mundo onde se desenrola a campanha, consulte seu mestre. (E dê-lhe bastante tempo para pensar no assunto, se isso for alguma coisa sobre a qual ele ainda não tenha pensado antes.)
Tradicionalmente, as Amazonas são famosas cavaleiras e criadoras de cavalos. Em seus próprios países, elas vestem armaduras leves e carregam escudos, lanças, espadas e arcos. Em outros países, se suas armas e armaduras culturais as colocarem em desvantagem, elas rapidamente se adaptarão às armas e armaduras locais.

Aqui esta um ponto importante a se lembrar: na maioria das campanhas você não tem que ser uma Amazona para ser uma guerreira mulher; verifique com seu mestre para saber outras maneiras de se jogar com guerreiras mulheres. Se uma jogadora quiser ter uma personagem guerreira, o mestre deveria tentar acomodá-lo sempre que possível, e não deveria transformar a personagem em uma Amazona para permitir que ela seja uma guerreira. Em quase toda história e mitologia do mundo real, você encontrará guerreiras mulheres em sociedades dominadas por homens; caso contrário não existiria Joana D'Arc ou Atalanta de Calidom. 
Não existem exigências especiais quanto aos valores de habilidade para se ser uma Amazona.

Papel: Em sua própria sociedade, não importando o nível de civilização, a guerreira Amazona goza de um alto prestígio. Ela é a defensora do modo de vida da civilização inteira, e toda jovem Amazona pretende crescer e ser uma guerreira. Mas nas outras partes do mundo, e na campanha em geral, a Amazona é uma curiosidade, vista com freqüência como uma bárbara (não importando quão avançada sua civilização possa ser). As pessoas de outras culturas desconfiarão dela, e ela provavelmente começará a se sentir desconfortável na presença de homens que parecem ter o mesmo nível social que ela - aos olhos dela, eles é que são incomuns.
O mestre terá que conduzir essa situação com muito cuidado. Depois que a personagem Amazona tiver provado seu valor em combate a seus aliados de outras partes do mundo, e depois eles terem provados a ela, seu valor em combate não haverá razão nenhuma para que eles não possam ser aliados leais. Os PdMs podem continuar a perturbá-la, mas os personagens não deveriam; e os outros PJs deveriam se unir para defendê-la quando os PdMs lhe causassem problemas; somente o mais detestável dos PJs continuaria lhe causando problemas, e os outros PJs certamente não deveriam apoiar esta atitude.

Talentos Secundários
Exigidos: Cavalariço.
Perícias com Armas
Exigidas: Lança, Arco. (a Guereiras Amazonas podem especializar-se somente em Lança e Arcos Longo.)
Recomendadas: Machados e espadas variados.
Perícias Comuns
Perícias Bônus: Cavalgar Criaturas Terrestres, Treinar Animais.
Recomendadas: Lidar com Animais, (homen de armas) Conhecimento dos Animais, Fazer Armaduras, Fabricação de Arcos e Flechas, Caçar, Correr, Sobrevivência, Rastrear.
Equipamento:
Uma personagem Amazona, deve comprar suas armas e armaduras dentre as seguintes opções:
Armas - Machados de Guerra, Arco (qualquer), Clava, Adaga/Punhal, Machadinha, Machado de Arremesso, Azagaia, Faca, Lanças, Espadas (qualquer);
Acolchoado, Cota de Talas, Brigandina, Brunea, Gibão de Peles, Loriga Segmentada, Armadura de Bronze.
Depois que tiver se aventurando em qualquer outro lugar do mundo, ela poderá comprar armas e armaduras dessas regiões.
Benefícios Especiais: Os guerreiros homens, em sua civilização onde as guerreiras mulheres são raras, tendem a subestimar a Amazona. Portanto, em toda luta na qual a Amazona enfrente um homem que não esteja familiarizado com ela pessoalmente ou com guerreiras mulheres em geral, ela ganha um bônus igual a +3 na jogada de ataque e +3 no dano causadosomente no primeiro golpe. Isto acontece porque a guarda de seu oponente está baixa.
Isso não funciona contra personagens-jogadores, a menos que o jogador esteja representando de forma suficientemente honesta para declarar que ele, também, a subestimaria.
Esta habilidade não funciona em alguns tipos de personagens:
Um PdM que é cauteloso o suficiente para não subestimar a Amazona poderia, no caso de obter sucesso em um teste de Inteligência, perceber o ataque que está sendo preparado e negar o bônus a ela; um veterano experiênte (qualquer Guerreiro de nível maior ou igual a 5, ou qualquer outro personagem de nível maior ou igual a 8), apesar do preconceito, perceberá que ela está se movendo como uma Guerreira treinada e manterá a guarda erguida, negando-a o bônus a ela;
Se a Amazona atingir um PdM com esse ataque, ele nunca mais será vítima de um ataque desse tipo; se um PdM ao menos vir uma Amazona atingir alguém com um ataque desses, o PdM nunca cairá no mesmo truque. Mas se ela errar esse primeiro ataque, então o alvo a continuará subestimando e ela poderá usar os bônus novamente no próximo golpe.
Limitações Especiais: A Amazona está submetida a um ajuste de reação igual a -3 nos testes feitos contra PdMs originários de de sociedades dominadas por homens. Esse ajuste de reação é ignorado no caso de personagens que a respeitem, tais como (presumivelmente) seus aliados PJs.
Raças: As Amazonas do folclore e da mitologia eram humanas. Também não é difícil conceber clãs de Amazonas élficas ou meio-élficas; eles seguiriam as regras existentes para Amazonas humanas.
É um pouco mais difícil conceber Amazonas anãs, gnomos e halflings. Mas se você usa estás civilizações:

As Amazonas Anãs terão como perícias com armas exigidas, Machado e Martelo; elas ainda são peritas em Cavalgar Criatura Terrestre, mas têm suínos como montaria preferida (suínos são muito perigosos, e a perspectiva de uma Anã feroz no lombo de um Javali é aterrorizante).
As Amazonas Gnomo terão como perícias com armas exigidas, Machadinha ou Machado de Arremesso e Espada Curta; suas Perícias Comuns Bônus são Rastrear e Sobrevivência.
As Amazonas Halflings terão como perícias com armas exigidas, Azagaia e Funda; as Perícias Comuns Bônus são Vigor e Preparar Armadilhas; e você terá de presumir que estas halflings não gostam tanto do lazer e do conforto como os tipos mais comuns de halflings.

(http://orbita.starmedia.com/~ddbrasil/classes/amazonas.html)