8.3.11

Mesopotâmia,Arquitetura

Arquitetura

Na Mesopotâmia, região compreendida entre os rios Tigre e Eufrates (atual Iraque), desenvolveram-se várias civilizações com estilos arquitetônicos variados e peculiares. Os primitivos habitantes daquela região construíam suas casas de junco e argila. Mas já desde 5.000 anos a.C. eram conhecidos o tijolo solidificado ao sol e as fundações de pedra. Em 3.000 anos a.C. usaram-se naMesopotâmia o tijolo cozido e o mosaico de terracota; havia decorações com afrescos, baixos-relevos e frisos. Antes do fim do segundo milênio a.C. os hititas construíram grandes templos de pedra, rodeados por muralhas com altas torres e portas ladeadas por esfinges esculpidas.
Em 1.000 a.C., a arquitetura atingiu grande esplendor entre os assírios: usavam largos pórticos sustentados por colunas de madeira, com bases ricamente ornamentadas, a cujos lados colocavam pesadas esculturas de animais. Os babilônios, que depois dos assírios dominaram a Mesopotâmia, conservaram os elementos assírios, do mesmo modo que os persas.
O estilo de uma época, de um lugar, de um determinado artista, depende, portanto, de muitos fatores - religiosos, geográficos, políticos, tecnológicos. Sem o concreto armado ou o ferro, é claro que a arquitetura moderna não existiria tal como é hoje.
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Este edifício é um imponente palácio assírio, com suas ameias feito degraus, sua decoração em tijolos esmaltados de várias cores - especialmente amarelo e azul -, como era característico do estilo arquitetônico daquela civilização. Daquela, não de outras, pois, de acordo com a época e os lugares, os gostos e costumes são diferentes e a arquitetura também varia.
Um dos fatores que mais influenciou a arquitetura ao longo da história foi o desejo de ostentação: edifícios que fossem o orgulho de um povo, que refletissem o status pessoal ou coletivo, ou palácios para reis e imperadores, construídos como símbolos de seu poder. Em geral, as classes previlegiadas sempre foram mecenas de arquitetos, artistas e artesãos, e seus projetos se converteram, algumas vezes, no melhor legado artístico de sua época.
O zigurate da cidade de Ur é um dos que se conservam em melhor estado, graças a Nabucodonosor II, que ordenou sua reconstrução depois que os acádios o destruíram. O templo consistia em sete pavimentos e o santuário ficava no terraço. Acredita-se que na reconstrução tentou-se copiar a famosa Torre de Babel, hoje destruída. O acesso ao último pavimento era feito por escadarias intermináveis e estreitas que rodeavam os muros. O templo era dedicado ao deus Nannar e à esposa do rei Nabucodonosor, Ningal.
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Zigurate de Ur
Totalmente construído com tijolos cozidos e palha, o grande zigurate de Ur ainda mantém de pé sua magnifícia escalinata. Sua imponente figura em meio à planície da cidade o transforma no centro social e religioso.
Abaixo seguem retratos da opulência arquitetônica do época, incluindo o palácio da capital do Império Assírio – Nínive.
  
Vista dos muros de Nínive - Assíria
    
Porta de Ishtar

Azulejos

Para decorar os palácios haviam peças de azulejos, as mais antigas peças conhecidas, datam de cinco mil anos a.C. e foram encontradas em escavações no Egito. Sabe-se também que os assírios e babilônios usavam revestimentos semelhantes. Mas foram os árabes que levaram a arte do azulejo para a Espanha e de lá se difundiu por toda a Europa. Também dos árabes provém a origem do nome azulejo, derivado do termo "azuleicha" - que significa "pedra polida".
  
Os egípcios das primeiras dinastias, cerca de cinco mil anos a.C., já usavam azulejos murais. Essas peças, com a manipulação do cobre pelo seus alquimistas, já apresentavam duas tonalidades, o azul turquesa e o verde Nilo, os primeiros esmaltes a serem revelados na busca dos coloridos do arco-íris. Os assírios e babilônios do século XIII a.C. ao século VI d.C., fabricavam azulejos e tijolos pintados com modelos de figuras coloridas com esmaltes. Os persas copiaram esses processos de 221 a.C. a 640 d.C. Os árabes, em 632 da nossa era, adotavam também tais métodos, ampliando-os ainda com uma nova técnica que é a aplicação do lustre, de aspecto metálico e de diferentes cores.

 As sete maravilhas
 Para termos uma idéia da riqueza da arquitetura daquela época, destacamos uma das sete maravilhas da antiguidade.
Os Jardins Suspensos da Babilônia que foi construído pelo Rei Nebuchadnezzar no Século VI, a.C. para agradar e consolar sua esposa preferida, Amytis. Os terraços foram construídos um em cima do outro, e era irrigado pela água bombeada do Rio Euphatres. Nesses terraços estavam plantados árvores e flores tropicais e alamedas de altas palmeiras. Dos Jardins podia-se ver as belezas da cidade abaixo.