17.3.11

A ARCA DE NOÉ MITO OU REALIDADE?


A busca pela Arca de Noé tem recebido atenção internacional nas últimas duas décadas. Dezenas de expedições à região do Ararate na Turquia Oriental, a maioria das quais compostos por grupos cristãos norte-americanos, têm gerado numerosas afirmações – sem, no entanto prova alguma.

De acordo com a Bíblia, a Arca de Noé era uma grande barcaça construída de madeira e impermeabilizada com betume. Suas dimensões eram aproximadamente 450 pés de comprimento, 75 pés de largura e 45 pés de altura com três andares interiores. Aparentemente, uma "janela" foi construída ao seu teto. (Gênesis 6:14-16). As dimensões da Arca tornam-na a maior embarcação marítima conhecida existente antes do século XX e suas proporções são surpreendemente semelhantes às encontradas nos grandes transatlânticos atuais.

A Bíblia diz que o barco de Noé repousou sobre "os montes de Ararate" (Gênesis 8:4). "Ararate" provavelmente se refere uma região (o antigo reino de Urartu) e não um monte específico. Após a saída de Noé e sua família para a montanha, o barco virtualmente desapareceu das páginas da Bíblia. Os escritores bíblicos que vieram posteriormente nunca deram indicativos de que soubessem que a Arca ainda podia ser vista.
Monte Ararate na Turquia onde foram reportadas muitas "visões da Arca".
O monte atualmente denominado "Ararate" é semelhante a uma cadeia com dois picos gêmeos. É muito interessante observar que existem diversas referências no decorrer da história que relatam sobre um grande barco em uma montanha nesta região. As mais antigas referências (início do século III D.C) sugerem que era de conhecimento geral que a Arca ainda podia ser vista no Monte Ararate.
Reportes durante o século passado envolvem visitas à embarcação, coleta de madeira e fotografias aéreas. Em geral, acredita-se que pelo menos uma parte da Arca ainda está intacta, não no pico mais alto, mas em algum lugar acima do nível dos 10.000 pés. Aparentemente encoberta por neve e gelo na maior parte do ano, apenas em alguns verões quentes a estrutura pode ser localizada e visitada. Algumas pessoas dizem terem andado no seu teto, outras terem andado na parte interna.
Nos anos 80, a "arca-logia" obteve certo ar de respeitabilidade com a participação ativa do ex-astronauta da NASA James Irwin em expedições à montanha. Além disso, as investigações sobre a Arca também foram aceleradas com a dissolução da União Soviética, pois a montanha estava justamente na fronteira entre União Soviética e Turquia. As expedições à montanha eram consideradas como uma ameaça à segurança pelo governo soviético.

Infelizmente, visitas posteriores aos locais descritos não produziram evidências adicionais, o paradeiro revelado pelas fotografias é atualmente uma incógnita e as diferentes visões não indicam o mesmo local. Além disso, o astronauta James Irwin faleceu, uma testemunha visual recentemente se retratou publicamente e existem poucas novas expedições à montanha nos anos 90.
VAMOS ENTÃO ANALISAR A LOGISTICA ENVOLVIDA NESTE FEITO DE NOÉ
O barco construído por Noé, por ordem de Deus, para acomodar a sua família, cerca de 50.000 espécies de animais e cerca de um milhão de espécies de insetos, durante o dilúvio divino destinado a destruir todos os outros animais e plantas da Terra. Os não familiarizados com a história podem perguntar-se porque é que Deus destruiria quase todos os descendentes de todas as criaturas que tinha criado. Parece que Deus estava desgostoso com todas as suas criações humanas, exceto Noé e família. Este método de aniquilar os que nos desagradam tornou-se uma táctica popular pelos seguidores deste e doutros deuses. O que é bom para Deus é bom para nós. O problema histórico do assassínio em nome da religião é que ninguém pode estar certo do que é que os outros consideram correto. Ou seja, um grupo de corretos contra outro grupo de corretos, geração após geração. É de admirar como tantos de nós escapamos.
Apesar do mau exemplo dado por Deus aos descendentes de Noé a história continua popular entre crianças. Deus gosta das pessoas boas. Deixa-as andar de barco com muitos animaizinhos. Mostra-lhes um grande arco-íris depois da tempestade. E vivem felizes para sempre. Até adultos gostam da história, embora a vejam como uma alegoria com uma mensagem espiritual, como Deus é todo poderoso e nós pertencemos-lhes, mesmo a nossa existência é a ele que a devemos. E ainda, o Criador espera que nos comportemos. Mas alguns tomam a história pelo valor literal.

De acordo com a história contada no capitulo 7 do Gênesis, Noé, a sua tripulação e os animais viveram juntos mais de 6 meses até as águas recuarem. Há pequenos problemas logísticos, mas antes de lá chegar há outros comentários a fazer. A destruição de pessoas e bens por inundações acontece desde tempos imemoriais. Ver alguém, uma criança, um cão, desaparecer num momento deve ser algo terrível e devastador. Mas se descobrimos que não foi obra da natureza, mas o ato voluntário de um ser consciente pode acrescentar raiva à sensação de devastação. Pode-se argumentar que o mundo é de Deus; tal como o criou pode destruí-lo se o quiser. Mas isto não é apropriado para um Deus da Bondade, e do Amor. Seja como for, sejamos bons fundamentalistas e examinemos a história quanto à sua veracidade.

Histórias de inundações não são exclusivas de antigos Judeus. Mas, que saiba, nenhum outro povo tem uma história afirmando que o seu Deus inundou todo o planeta para terminar toda a vida na Terra. Que evidencias  geológicas ou arqueológicas temos de uma destruição universal de todas as sociedades humanas, todas as plantas e animais (exceto os que se encontravam no barco de Noé)? Devia existir uma camada de sedimentos todos datando do mesmo período com os ossos de todas as pobres criaturas. Devia haver provas de que todas as sociedades humanas tinham sido varridas. Tais provas não existem.

Contudo, pela argumentação, acordemos que existiu um dilúvio universal, mas que as evidências  geológicas e arqueológicas sofreram qualquer acidente e parece que não ocorreu nenhuma inundação. Há ainda algumas questões a pôr antes de aceitarmos a teoria. Primeiro - Qual era o tamanho do barco? A resposta: muito, muito, muito grande! Como flutuava? Noé pode ter tido uma orientação divina, de modo que este barco, maior que qualquer superpetroleiro dos nossos tempos, podia flutuar. Lembre-se que tudo isto é feito antes da invenção da metalurgia, pelo que o barco é feito de madeira e outros produtos naturais. Quantas florestas para fornecer madeira para o barco? Quantas pessoas a trabalhar quantos anos? Construir uma pirâmide é uma brincadeira de crianças. Mas lembrem-se, as pessoas viviam mais anos nessa altura. Noé tinha 600 anos quando o projeto arrancou. Devia ter cerca de 1200 quando tudo acabou. Pensem na reputação de alguém que passa anos a construir um barco gigante no meio do deserto.

Mas digamos que, embora improvável,  tal barco se construía com a tecnologia de construção em madeira conhecida na época. Noé fê-lo com a ajuda de Deus. E aceitemos que, embora não seja plausível, o barco flutuava. Ainda há o problema de juntar rodos os animais das várias partes do mundo, mesmo daquelas que Noé nem sabia que existiam. Como chegou a remotas paragens para recolher borboletas exóticas e o dragão de Komodo? Como juntou todas as variedades de animais para o seguirem? Quando acabasse de reunir as espécies, o barco já tinha apodrecido no meio do deserto.

Mas aceitemos que Noé conseguia reunir todos os mamíferos, pássaros, répteis, anfíbios e uns milhões de insetos no seu barco. Há o problema de impedir que os animais se comessem uns aos outros. Ou o leão deitou-se com o cordeiro na arca? Os carnívoros tornaram-se vegetarianos durante o dilúvio? Como impediu os pássaros de comer insetos. Talvez a arca tivesse comida para todos. Se Noé fez tal navio, não era difícil arranjar espaço para os alimentos dos animais para mais de seis meses. Pequenos detalhes para tal homem guiado pelo seu Deus.

Permanece difícil imaginar uma tripulação tão pequena a alimentar todos os animais num só dia. Temos Noé, a mulher, os três filhos a as três cunhadas. A rotina diária levaria anos. A delicadeza impede de referir o problema da "limpeza" mas digamos que apenas o som de todos estes animais levaria à loucura (para não falar das picadas dos insetos). E o cheiro matá-los-ia. Mas, pelo menos, não tinham de se preocupar com água para beber.

Incrível como esta história possa parecer, há pessoas que afirmam ter encontrado a arca do Noé. Sim, dizem que quando as águas desceram, lá estava Noé e o seu zôo pendurado no topo do Monte Ararat na Turquia. Agora, todos os animais devem ser dispersos pelos seus habitats naturais: o problema inverso de quando Noé os reuniu. Mais problemático, penso, é como tantas espécies sobreviveram quando reduzidos a um par ou a sete pares de criaturas. As espécies bem sucedidas que se deslocaram para paragens remotas deviam ter deixado um rasto no caminho. Que provas de que todas as espécies se originaram na Turquia? Devia ser isto que os registros deviam mostrar, se a arca tivesse pousado em Ararat.

Nada disto impede os crentes de afirmar que a história de Noé é a verdade de Deus. Nem os que pensam que encontraram a arca. Alguns podem ter visto um pseudo documentário de 1977 chamado "Em busca da Arca de Noé" ou um programa da CBS ded 1993 intitulado, "A Incrível Descoberta da Arca de Noé." O primeiro é um trabalho de ficção apresentado como documentário. O segundo foi arquitetado por George Jammal, que admitiu que a história era uma fraude. Jammal diz que quis expor as fraudes religiosas. A sua foi vista por cerca de 20 milhões de pessoas, a maior parte das quais não devem saber que Jammal não queria que o levassem a sério.
Durante o show, Jammal apresentou o que chamou "madeira sagrada" da arca, admitindo depois que tinha retirado a madeira das linhas de comboio de Long Beach na California, que a tinha endurecido cozendo-a num forno. Também admitiu nunca ter estado na Turquia. O programa foi produzido por Sun International Pictures, com sede em Salt Lake City, e responsável por vários pseudo-documentário sobre Nostradamus, o Triangulo das Bermudas, o Sudário de Turim e OVNIs.
Bem, concluindo então, para pessoas dotadas de boa fé como eu, não é difícil acreditar mesmo analisando os fatos acima de que Noé realmente conseguiu tal feito, pois se tinha ajuda de ninguém menos que o Criador, aquele que em sete dias e sete noites criou todo o universo, construir um navio gigante e reunir todos os animais não foi assim uma tarefa tão descomunal. Acho que o simples fato de não haver provas é mais uma obra divina, pois apenas pessoas de muita fé são capazes de entender e acreditar neste fato colossal que para nosso Criador deve ter sido uma tarefa tão difícil quanto o estalar de dedos. Pensem nisso!

Arca de Noé – Havia espaço suficiente?
Havia espaço suficiente na Arca de Noé para caberem Noé e sua família (total de oito pessoas), pelo menos dois de cada espécie de animal e sete de outros? E quanto ao abastecimento de comida e outras coisas de que precisariam? De acordo com o relato bíblico, o dilúvio durou um ano inteiro! Então, além do povo e de todos os animais, tinha que haver espaço suficiente para armazenar a quantidade necessária de alimentos para sustentar a família de Noé e todos os animais por mais de doze meses! Exatamente quão grande era o barco? Vamos examinar o relato bíblico do Dilúviocomo encontrado em Gênesis (capítulos seis a nove) para determinar se a Arca de Noé é uma realidade viável ou apenas uma parte fantástica do mito antigo.
Arca de Noé – Os animais
A fim de determinar se a Arca de Noé poderia ter sido grande o suficiente para salvar a população humana e animal de um cataclismo mundial marinho, devemos primeiro determinar quantos animais estavam no barco. Então, que tipos de animais precisavam ser resgatados? Segundo a maioria dos estudiosos, o relato de Gênesis exclui as criaturas do mar e insetos do grupo de animais que estava na arca. Isto parece razoável, já que essas criaturas (ou parte delas) poderiam ter sobrevivido ao cataclismo fora da arca. Sobram então os mamíferos, aves, répteis, anfíbios e a família de Noé. Em seguida, devemos considerar que Deus instruiu Noé para trazer os animais da arca "segundo a sua espécie". Isso significa que devemos apreciar o conceito científico de variações dentro de uma espécie. Por exemplo, a maioria dos biólogos concorda que os lobos, coiotes, cães selvagens, chacais, raposas e as centenas de diferentes raças de cães domésticos podem ter se originado de um par de "cães" originais. Embora o código genético não permita variações de certas espécies para outras espécies, agora entendemos como o DNA permite variações dentro de uma espécie. Levando em consideração tais variações, há cerca de 16.000 a 25.000 espécies distintas de mamíferos, aves, répteis e anfíbios que vivem ou já viveram no passado.
Arca de Noé – Um estudo de viabilidade
E a Arca de Noé em si? O design e tamanho deste barco eram realmente viáveis? Com base nas medidas do relato de Gênesis, a maioria dos especialistas concorda que a arca tinha aproximadamente 500.000 metros cúbicos de espaço livre. Imagine uma barca com três andares do tamanho de um campo e meio de futebol. De acordo com vários estudos de viabilidade, isso era mais do que suficiente para manter os representantes dos 16.000 a 25.000 tipos distintos de animais de todos os tamanhos, com todos os seus alimentos por um ano inteiro. Na verdade, supondo que o tamanho médio de cada animal era o de uma ovelha, este barco realmente poderia suportar até 125.000 criaturas separadas. Dando um passo adiante, a arca não só era grande o suficiente para a sua carga, ela foi projetada perfeitamente para a estabilidade marítima. Vários testes hidrodinâmicos confirmaram que era praticamente impossível virar este barco, mesmo nas ondas e ventos mais violentos.
Arca de Noé – Os críticos recentes
Nos últimos anos, críticos da Arca de Noé vieram à tona e apresentaram muitas questões aparentemente razoáveis e intelectuais, lançando dúvidas sobre a validade do relato bíblico do Dilúvio. Muitas vezes, os estudiosos bíblicos conservadores permanecem em silêncio porque são um pouco intimidados com a postura "científica" dos argumentos contra a arca. Ao mesmo tempo, os estudiosos bíblicos mais liberais simplesmente rolam tranquilamente e aceitam o "mito" da Arca de Noé e do Dilúvio. Gostaríamos de encorajar todas as pessoas a examinarem a evidência crítica para verdadeiramente descobrir a credibilidade da Arca de Noé. Leia o livro de John Woodmorappe chamado de Arca de Noé: Um estudo de Viabilidade e o clássico de Dr. Henry Morris, O Dilúvio de Gênesis, e estude por você mesmo a investigação focalizada e sistemática disponível para todos nós, incluindo cerca de 1.200 referências para auxiliar no estudo adicional. Logo percebemos que a grande maioria dos argumentos populares contra a arca são facilmente invalidados. ("Um Recurso para Responder aos Críticos da Arca de Noé", Impact, No. 273, Março de 1996). Teste tudo por você mesmo. Nunca se contente com um argumento unilateral, especialmente um que se empalidece quando comparado com a sua refutação.