8.3.11

Civilização Assíria.

Civilização Assíria.

A Assíria foi um reino que se formou na região montanhosa do alto Tigre, ao norte da Mesopotâmia, expandindo-se posteriormente por terras Oriente Próximo (Síria, Líbano, Israel, Palestina e Iraque.). O nome também pode designar a região em que se desenvolveu a civilização assíria.
A Assíria localizava-se no norte da Mesopotâmia (atual Iraque), ao longo dos rios Tigre e Eufrates. Foi assentada após Sumer, ao sul, mas foi dominada pelos sumérios primeiros a habitarem essa região tanto culturalmente quanto politicamente durante o começo de sua história.
Sua civilização foi em muitos aspectos semelhante à da antiga Babilônia, sua vizinha ao sul.
Umas poucas menções na Bíblia, referências esparsas de autores gregos, eram tudo o que se sabia da Assíria até o séc. 19. As grandes escavações empreendidas a partir de 1840 e a decifração de numerosas inscrições (só a biblioteca de Assurbanipal, de Nínive, forneceu 22 mil tabulas gravadas) permitiram reconstruir, com certa minúcia, o passado desse grande império. Restam, porém muitas zonas de sombras. As listas assírias de reis, como a de Khorsabad, encontrada em 1932-1933, ou as de oficiais epônimos (o primeiro ano de um reinado recebia o nome do rei; os seguintes, o de algum dignitário), são, todas, incompletas e inexatas, quando não fantasiosas.
A literatura assíria era praticamente idêntica à babilônica, e os reis assírios mais cultos, principalmente Assurbanipal, se gabavam de armazenar em suas bibliotecas cópias de documentos literários babilônicos. A vida social ou familiar, os costumes matrimoniais e as leis de propriedade também eram muito parecidos. E as práticas e crenças religiosas, muito semelhantes às da Babilônia, inclusive o deus nacional assírio, Assur, foi substituído pelo deus babilônio Marduk. A principal contribuição cultural assíria ocorreu no campo da arte e da arquitetura onde o zigurate foi a principal forma de arquitetura religiosa assíria e o uso de tijolos vitrificados policromáticos, muito comum nessa fase.
Segundo os descobrimentos arqueológicos, a Assíria foi habitada desde o início da era paleolítica. Apesar disso, a vida sedentária não teve origem nessa região, até cerca de 6500 a.C. O fim do Império Assírio ocorreu no ano de 612 a.C., quando o exército, comandado por seu último rei, Assur-Uballit II (612-609 a.C.), foi derrotado pelos Medas em Harran.
Ao longo de sua história, o poder da Assíria dependeu quase que inteiramente de sua força militar tida como a mais cruel e sanguinária da época. O rei era o comandante-em-chefe do exército e dirigia suas campanhas. Embora em teoria fosse monarca absoluto, na realidade os nobres e cortesãos que o rodeavam, assim como os governadores que nomeava para administrar as terras conquistadas, tomavam frequentemente as decisões em seu nome. As ambições e intrigas foram uma ameaça constante para a vida do governante assírio. Essa debilidade central na organização e na administração do Império Assírio foi responsável por sua desintegração e colapso.